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O que é o vinho?
O vinho é uma bebida exclusivamente obtida pela fermentação parcial ou total de uvas frescas, inteiras ou esmagadas, ou de mostos.
Porque fermentam as uvas?
As uvas têm uma constituição química que lhes permite fermentar sem adição de açúcares, ácidos, enzimas ou outros nutrientes: os açúcares presentes nas uvas são consumidos por diferentes tipos de leveduras, transformando-os em álcool.
Quantos tipos diferentes de vinhos existem em Portugal?
Em Portugal são produzidos cinco tipos distintos de vinhos: os tintos, os brancos, os rosés, os espumantes, e os vinhos fortificados. Para além destes, existe ainda o Vinho Verde, um tipo de vinho específico de vinho que pode ser tinto ou branco, considerado como uma categoria à parte devido à sua acidez acentuada.
Como se obtêm os diferentes tipos de vinhos?
Os vinhos tintos são obtidos através das uvas tintas ou das tintureiras, cuja polpa possui pigmentos. Os vinhos brancos são obtidos maioritariamente a partir de uvas brancas. Os rosés podem ser produzidos através da mistura de vinho tinto com branco ou da diminuição do tempo de maceração (contato do mosto com as cascas) durante a vinificação do vinho tinto.
Como se classificam os vinhos quanto ao seu teor de açúcar?
O vinho seco tem um teor de açúcar entre 0 a 5g/l; o vinho meio-seco ou semi-seco de 5 a 20g/l; e o vinho suave apresenta mais de 20 g/l.
Qual a diferença entre vinhos monovarietais e vinhos de lote?
Quando o vinho é produzido com uma variedade (casta) de uvas predominante, o resultado é um vinho monovarietal (também dito monocasta). Os vinhos de lote são os produzidos a partir de misturas de duas ou mais variedades de uvas, e em nada são inferiores aos vinhos monovarietais, já que alguns dos melhores vinhos são produzidos a partir de misturas de castas colhidas no mesmo ano.
O que é o terroir?
Segundo o Guia Larousse, o terroir é “a relação mais íntima entre o solo e o micro-clima particular, que concebe o nascimento de um tipo de uva, que expressa livremente sua qualidade, tipicidade e identidade num grande vinho, sem que ninguém consiga explicar o porquê.”.
Como é provado um vinho?
Na prova de um vinho, e devido à sua constituição complexa, existem três tipos de análise: a gustativa, a olfativa e a visual.
O que é a análise olfactiva?
É a análise que procura os aromas que podemos encontrar num vinho. Os aromas transmitem as características presentes no vinho e que o olfacto reconhece. Os mais reconhecidos são os florais, vegetais, balsâmicos, frutados, minerais, animais e o de especiarias. São classificados em aromas primários (uvas e vinícolas), secundários (processo de fermentação) e terciários (bouquet ou processo de amadurecimento).
O que é a análise gustativa?
A degustação é o exame e a avaliação do vinho através das papilas gustativas. Os elementos mais típicos de sabor que são intencionalmente introduzidos no vinho são os presentes nos barris de carvalho: chocolate, baunilha, café, além de mato ou couro. Algumas variedades de minerais são também absorvidas pelo vinho, conferindo-lhe um sabor particular.
O que é a análise visual?
Talvez a mais negligenciada de todas as etapas de degustação de vinhos, esta permite-nos apreciar a cor do vinho e descobrir pistas sobre a sua evolução, maturidade ou mesmo teor alcoólico. Para analisar um vinho devemos estar atentos à sua intensidade de cor, tonalidade, limpidez, transparência e lágrima.
Como servir um vinho?
Abrir um vinho pode requerer alguns cuidados. Há vinhos que devem ser abertos algumas horas antes de servir para que possam "respirar”, enquanto outros exigem ser imediatamente bebidos. Caso o vinho tenha borras ou sedimentos, é necessário fazer a decantação, isto é, despejá-lo delicadamente no decanter, um recipiente próprio que lhe permite respirar melhor e , simultaneamente, remover os depósitos sólidos que resultam do seu envelhecimento. O vinho deve ser degustado em copo ou cálice próprio, colocando-se inicialmente apenas a quantidade suficiente para dois ou três goles. Uma vez aprovado, deve ser servido até à altura máxima de dois terços do copo. Deste modo, os aromas concentram-se dentro do copo, e é possível apreciar as cores do vinho em todas as suas tonalidades.
Qual a temperatura ideal para degustação do vinho?
As temperaturas de degustação variam de acordo com a sua qualidade. De um modo geral, os vinhos tintos devem ser consumidos entre 17 e 18 °C; os vinhos tintos novos e os verdes de 12 a 14 °C; os vinhos brancos entre 10 e 11 °C; os brancos novos de 8 a 10 °C; e os vinhos Rosé a 10 °C. No entanto, como cada vinho tem características muito próprias, deve consultar-se o rótulo onde é normalmente aconselhada a temperatura ideal de degustação, de forma a fruir ao máximo todas as suas qualidades.
Porque é tão importante a relação entre o vinho e a culinária?
A escolha do vinho apropriado para acompanhar uma refeição ou um determinado prato é muito importante, uma vez que realça os sabores da boa comida. Há um vinho certo para cada receita, desde a regional, mais simples e tradicional, até à noveau cuisine, de pratos mais sofisticados e complexos.
O que é a harmonização?
Procurar uma boa harmonia entre o vinho e a comida é muito importante. De modo geral, e em jeito de regra, as carnes e massas devem ser acompanhadas por vinhos tintos, enquanto os peixes e mariscos se prestam melhor aos vinhos brancos. No entanto, nem sempre esta regra deve ser aplicada. Ao escolher o vinho, deve sim considerar-se a qualidade e o sabor dos ingredientes do prato a degustar. Uma receita à base de temperos fortes, seja de carne ou de peixe, deve ser acompanhada por um vinho igualmente encorpado, enquanto um prato mais leve pede um vinho idêntico, e portanto leve. É a esta combinação correcta entre o prato e o vinho que chamamos "harmonização".
Porque é a cortiça o melhor aliado de um vinho?
A rolha de cortiça tem características únicas que beneficiam o vinho na confirmação do seu carácter. A sua estrutura celular complexa (cerca de 40 milhões de células por centímetro cúbico) permite a penetração de uma quantidade mínima de oxigénio, após o engarrafamento, favorecendo positivamente o seu desenvolvimento. Podemos dizer que uma boa rolha faz de um bom vinho, um vinho melhor. A rolha de cortiça tem uma combinação única de propriedades físicas — elasticidade, flexibilidade, resiliência, impermeabilidade, compressibilidade — que lhe conferem inúmeras vantagens de utilização. Por tudo isto, a rolha de cortiça é um produto cada vez mais apreciado por consumidores e produtores de vinho a nível mundial, às quais acresce ainda o seu carácter ecológico e amigo do ambiente, enquanto produto 100% natural e reciclável, e promotor da sustentabilidade.
Como armazenar correctamente um vinho?
Armazenar um vinho nas condições ideais é garantir a sua longevidade e a sua melhor qualidade na hora da degustação. Deve ser protegido do calor, da luz, de vibrações ou flutuações de temperatura e humidade. Devidamente armazenado, o vinho também melhora e cresce em aroma, sabores e complexidade. Aconselha-se a manter os vinhos a temperaturas estáveis entre 14 e 17 °C, em locais frescos, com humidade relativa entre 60 e 70%, e sem luz. As garrafas devem estar deitadas, ficando o vinho em contacto com a rolha para que esta não fique ressequida.
Quais são as profissões associadas ao vinho?
São várias as profissões e actividades que integram este universo. O viticultor é o produtor das vinhas e, por vezes, também dos vinhos; o enólogo é o responsável pela “química dos vinhos”, o alquimista que apura as qualidades e características de um vinho; o distribuidor é quem comercializa o vinho a retalho; o escanção ou sommelier é o profissional especializado em vinhos, sendo, no restaurante, responsável pela escolha, compra e formulação da carta de vinhos, aconselhando os clientes sobre o tipo de vinho que deve acompanhar cada prato. Por fim, o enófilo é a pessoa que degusta, prova, aprecia e controla sua qualidade, sendo portanto, um verdadeiro conhecedor.
Quais os efeitos do vinho para a saúde?
O consumo moderado de vinho pode ter um efeito cardioprotector. Tanto o vinho branco como o vinho tinto têm este benefício, embora estudos laboratoriais sugiram que o vinho tinto poderá ter um maior efeito protector, inclusivé na prevenção do cancro, por conter mais polifenóis que o vinho branco, devido ao seu processo de fabrico. O consumo excessivo de bebidas alcoólicas, nas quais se inclui o vinho, é causa de várias doenças graves, como a cirrose do fígado e o alcoolismo.
O que são os sulfitos?
Os sulfitos encontram-se em todos os vinhos e são formados naturalmente durante a fermentação. Muitos produtores de vinho adicionam dióxido de enxofre para ajudar a conservação do vinho. Usado desde a antiguidade, o enxofre é o maior aliado do homem no fabrico e preservação do vinho. Os sulfitos são inofensivos para a maioria das pessoas, apesar de algumas, sobretudo quem sofre de asma, poderem experimentar reações adversas. A maioria dos produtos alimentares contém sulfitos e os frutos secos descascados e embalados são campeões, com cerca de 10 vezes mais sulfitos do que o vinho. Também podemos encontrar sulfitos em sumos, queijo, marisco, vinagre e muitos outros produtos alimentares. A sua utilização é regulamentada de acordo com as leis de cada país (Portugal obedece aos limites ditados pela União Europeia).
O que é a Denominação de Origem?
A Denominação de Origem designa vinhos de uma determinada região e cujas características e individualidade lhe são indissociáveis, resultantes essencial ou exclusivamente do meio geográfico, incluindo os factores naturais e humanos. Para beneficiar de uma Denominação de Origem, o processo de produção do vinho é rigorosamente controlado, cumprindo os critérios de selecção de castas autorizadas, dos métodos de vinificação e das características organolépticas. Este controle tem como objectivo garantir a genuinidade dentro das suas regiões demarcadas, e é realizado pelas Comissões Vitivinícolas Regionais. Portugal, pertencente à Comunidade Europeia utiliza a nomenclatura comunitária de classificação dos vinhos: VQPRD, Vinho de Qualidade Produzido em Região Determinada, designação que reúne todos os vinhos classificados como DOC, Denominação de Origem Controlada e IPR, Indicação de Proveniência Regulamentada. DOC, Denominação de Origem Controlada é a designação aplicada a vinhos de qualidade produzidos em regiões geográficas limitadas, que se regem por um conjunto de regras que regulamentam, entre outros, as características dos solos, castas autorizadas, práticas de vinificação, teor alcoólico, e tempo de estágio. Todas as mais antigas regiões produtoras portuguesas usufruem deste deste estatuto. IPR, Indicação de Proveniência Regulamentada, identifica o vinho que embora detentor de características particulares, terá ainda de cumprir (num período mínimo de 5 anos) todas as regras estabelecidas para poder passar à classificação de DOC. Vinho de Mesa, são os vinhos que não se enquadram nas designações anteriormente referidas, seja pela combinação de castas, vinificação ou outras características. Vinho Regional, é a classificação dada a vinhos de mesa com indicação da região de origem: são vinhos que adoptam o nome da região específica onde são produzidos, elaborados com um mínimo de 85% de uvas provenientes da mesma região, de castas autorizadas.
O que é o azeite?
O azeite é um produto alimentar, produzido a partir da azeitona, o fruto das oliveiras. Extremamente saudável e benéfico, é usado como tempero, sobretudo na dieta mediterrânea, adicionando à comida um sabor e aroma muito peculiares.
Onde é produzido o azeite?
95% da produção mundial de azeite é actualmente realizada na região mediterrânea, onde o sol e clima seco são propícias ao cultivo das oliveiras.
Como é produzido o azeite?
Para produzir 250 mililitros de azeite são necessárias de 1300 a 2000 azeitonas. Deve ser produzido unicamente a partir de métodos mecânicos e de temperatura. Actualmente, os métodos tradicionais de processamento da azeitona deram lugar a processos modernos de extração, que utilizam a variação de pressão e de temperatura.
Como é classificado o azeite?
Classifica-se o azeite segundo seu processo de produção. O azeite virgem extra é produzido a partir da azeitona através de processos exclusivamente físicos (pressão ou centrifugação), sem qualquer produto químico, e a sua acidez não é superior a 0.8%. O azeite virgem, é obtido a partir do fruto da oliveira através de processos exclusivamente físicos (pressão ou centrifugação), sem qualquer produto químico, e cuja acidez é inferior a 2%. O azeite é a gordura constituída pela mistura de azeite refinado com azeite virgem. O azeite refinado, é obtido a partir de gorduras (azeites defeituosos e óleos) sujeitas a um processo de refinamento com o objectivo de retirar-lhes a acidez livre e excessiva, recorrendo a produtos químicos ou destilação (a cor, com descolorantes; as impurezas e os maus aromas). Os azeites virgens são produtos naturais, são sumo de azeitona sem aditivos nem conservantes.
O que é a acidez?
No seu estado puro, as gorduras são constituídas por estruturas denominadas triglicéridos (glicerina combinada com três ácidos orgânicos). A sua alteração provoca o rompimento dessa estrutura e a libertação dos ácidos orgânicos, cuja quantidade (percentual ou em graus) mede o seu estado de alteração. Deste modo, se um azeite tem 1,5 (em percentagem ou em graus) de acidez, isso significa que tem 1,5 g de ácidos orgânicos libertados em cada 100 g de azeite. No azeite, a maior parte dos restantes ácidos orgânicos estão ainda combinados; pelo contrário, no azeite refinado, os restantes ácidos orgânicos foram extraídos na refinação.
A acidez é um mito?
Um dos parâmetros da classificação do azeite é a acidez, mas não deve ser considerado como o único nem o mais importante (há inclusivamente métodos que baixam a acidez, como é o caso da refinação). A acidez não influencia o sabor nem o cheiro do azeite, e menos ainda a sua qualidade para a saúde. Por essa razão, a Comissão Europeia legislou que a acidez conste no rótulo de azeite em conjunto com os outros parâmetros de qualidade (índice de peróxidos, teor de ceras e absorvência de ultravioletas), com o mesmo grau de importância, para evitar que o consumidor escolha um azeite de menor qualidade, apenas porque tem acidez mais baixa. Um azeite virgem de um grau tem qualidade muito superior à de um azeite refinado de 0,3 graus…
Qual é a diferença entre Azeite Virgem e Azeite?
O azeite virgem é proveniente da azeitona sã, de aroma fresco e frutado, que é extraída e embalada de forma a preservar as características iniciais do fruto. O azeite resulta da purifição artificial da gordura por refinação, necessária por defeitos existentes na azeitona ou na tecnologia empregue para obter o óleo. Para lhe conferir sabor, é-lhe geralmente adicionado azeite virgem.
Quais os benefícios do azeite para a saúde?
O azeite contém inúmeras substâncias benéficas para a saúde. O seu consumo pode reduzir a quantidade de LDL (mau colesterol) do organismo, graças à sua grande quantidade de gordura monoinsaturada, gordura esta que não se transforma em colesterol. Assim, o azeite contribui para a diminuição do risco de enfarte ou AVC, uma vez que o seu consumo regular reduz a formação de placas de ateroma nas paredes dos vasos sanguíneos. O azeite contém também cerca de 5 a 10% de ácidos poliinsaturados, como o linoleico - pertencente à série ômega-6 -, e o linolênico - pertencente à série omega-3 - que desempenham funções essenciais no corpo humano. Rico em polifenóis (antioxidantes), o azeite previne oxidações biológicas, reduzindo a formação de radicais livres, nocivos para a saúde por serem os principais responsáveis pelo envelhecimento, e por algumas doenças degenerativas, como é o caso do cancro. O azeite virgem extra contém uma maior concentração de antioxidantes do que os azeites refinados. O consumo regular de azeite, aliado a uma dieta saudável com predominância de peixe e verduras, como é o caso da dieta mediterrânica, representa comprovados benefícios para a saúde e para a qualidade de vida de todos nós.
O que é o vinho?
O vinho é uma bebida exclusivamente obtida pela fermentação parcial ou total de uvas frescas, inteiras ou esmagadas, ou de mostos.
Porque fermentam as uvas?
As uvas têm uma constituição química que lhes permite fermentar sem adição de açúcares, ácidos, enzimas ou outros nutrientes: os açúcares presentes nas uvas são consumidos por diferentes tipos de leveduras, transformando-os em álcool.
Quantos tipos diferentes de vinhos existem em Portugal?
Em Portugal são produzidos cinco tipos distintos de vinhos: os tintos, os brancos, os rosés, os espumantes, e os vinhos fortificados. Para além destes, existe ainda o Vinho Verde, um tipo de vinho específico de vinho que pode ser tinto ou branco, considerado como uma categoria à parte devido à sua acidez acentuada.
Como se obtêm os diferentes tipos de vinhos?
Os vinhos tintos são obtidos através das uvas tintas ou das tintureiras, cuja polpa possui pigmentos. Os vinhos brancos são obtidos maioritariamente a partir de uvas brancas. Os rosés podem ser produzidos através da mistura de vinho tinto com branco ou da diminuição do tempo de maceração (contato do mosto com as cascas) durante a vinificação do vinho tinto.
Como se classificam os vinhos quanto ao seu teor de açúcar?
O vinho seco tem um teor de açúcar entre 0 a 5g/l; o vinho meio-seco ou semi-seco de 5 a 20g/l; e o vinho suave apresenta mais de 20 g/l.
Qual a diferença entre vinhos monovarietais e vinhos de lote?
Quando o vinho é produzido com uma variedade (casta) de uvas predominante, o resultado é um vinho monovarietal (também dito monocasta). Os vinhos de lote são os produzidos a partir de misturas de duas ou mais variedades de uvas, e em nada são inferiores aos vinhos monovarietais, já que alguns dos melhores vinhos são produzidos a partir de misturas de castas colhidas no mesmo ano.
O que é o terroir?
Segundo o Guia Larousse, o terroir é “a relação mais íntima entre o solo e o micro-clima particular, que concebe o nascimento de um tipo de uva, que expressa livremente sua qualidade, tipicidade e identidade num grande vinho, sem que ninguém consiga explicar o porquê.”.
Como é provado um vinho?
Na prova de um vinho, e devido à sua constituição complexa, existem três tipos de análise: a gustativa, a olfativa e a visual.
O que é a análise olfactiva?
É a análise que procura os aromas que podemos encontrar num vinho. Os aromas transmitem as características presentes no vinho e que o olfacto reconhece. Os mais reconhecidos são os florais, vegetais, balsâmicos, frutados, minerais, animais e o de especiarias. São classificados em aromas primários (uvas e vinícolas), secundários (processo de fermentação) e terciários (bouquet ou processo de amadurecimento).
O que é a análise gustativa?
A degustação é o exame e a avaliação do vinho através das papilas gustativas. Os elementos mais típicos de sabor que são intencionalmente introduzidos no vinho são os presentes nos barris de carvalho: chocolate, baunilha, café, além de mato ou couro. Algumas variedades de minerais são também absorvidas pelo vinho, conferindo-lhe um sabor particular.
O que é a análise visual?
Talvez a mais negligenciada de todas as etapas de degustação de vinhos, esta permite-nos apreciar a cor do vinho e descobrir pistas sobre a sua evolução, maturidade ou mesmo teor alcoólico. Para analisar um vinho devemos estar atentos à sua intensidade de cor, tonalidade, limpidez, transparência e lágrima.
Como servir um vinho?
Abrir um vinho pode requerer alguns cuidados. Há vinhos que devem ser abertos algumas horas antes de servir para que possam "respirar”, enquanto outros exigem ser imediatamente bebidos. Caso o vinho tenha borras ou sedimentos, é necessário fazer a decantação, isto é, despejá-lo delicadamente no decanter, um recipiente próprio que lhe permite respirar melhor e , simultaneamente, remover os depósitos sólidos que resultam do seu envelhecimento. O vinho deve ser degustado em copo ou cálice próprio, colocando-se inicialmente apenas a quantidade suficiente para dois ou três goles. Uma vez aprovado, deve ser servido até à altura máxima de dois terços do copo. Deste modo, os aromas concentram-se dentro do copo, e é possível apreciar as cores do vinho em todas as suas tonalidades.
Qual a temperatura ideal para degustação do vinho?
As temperaturas de degustação variam de acordo com a sua qualidade. De um modo geral, os vinhos tintos devem ser consumidos entre 17 e 18 °C; os vinhos tintos novos e os verdes de 12 a 14 °C; os vinhos brancos entre 10 e 11 °C; os brancos novos de 8 a 10 °C; e os vinhos Rosé a 10 °C. No entanto, como cada vinho tem características muito próprias, deve consultar-se o rótulo onde é normalmente aconselhada a temperatura ideal de degustação, de forma a fruir ao máximo todas as suas qualidades.
Porque é tão importante a relação entre o vinho e a culinária?
A escolha do vinho apropriado para acompanhar uma refeição ou um determinado prato é muito importante, uma vez que realça os sabores da boa comida. Há um vinho certo para cada receita, desde a regional, mais simples e tradicional, até à noveau cuisine, de pratos mais sofisticados e complexos.
O que é a harmonização?
Procurar uma boa harmonia entre o vinho e a comida é muito importante. De modo geral, e em jeito de regra, as carnes e massas devem ser acompanhadas por vinhos tintos, enquanto os peixes e mariscos se prestam melhor aos vinhos brancos. No entanto, nem sempre esta regra deve ser aplicada. Ao escolher o vinho, deve sim considerar-se a qualidade e o sabor dos ingredientes do prato a degustar. Uma receita à base de temperos fortes, seja de carne ou de peixe, deve ser acompanhada por um vinho igualmente encorpado, enquanto um prato mais leve pede um vinho idêntico, e portanto leve. É a esta combinação correcta entre o prato e o vinho que chamamos "harmonização".
Porque é a cortiça o melhor aliado de um vinho?
A rolha de cortiça tem características únicas que beneficiam o vinho na confirmação do seu carácter. A sua estrutura celular complexa (cerca de 40 milhões de células por centímetro cúbico) permite a penetração de uma quantidade mínima de oxigénio, após o engarrafamento, favorecendo positivamente o seu desenvolvimento. Podemos dizer que uma boa rolha faz de um bom vinho, um vinho melhor. A rolha de cortiça tem uma combinação única de propriedades físicas — elasticidade, flexibilidade, resiliência, impermeabilidade, compressibilidade — que lhe conferem inúmeras vantagens de utilização. Por tudo isto, a rolha de cortiça é um produto cada vez mais apreciado por consumidores e produtores de vinho a nível mundial, às quais acresce ainda o seu carácter ecológico e amigo do ambiente, enquanto produto 100% natural e reciclável, e promotor da sustentabilidade.
Como armazenar correctamente um vinho?
Armazenar um vinho nas condições ideais é garantir a sua longevidade e a sua melhor qualidade na hora da degustação. Deve ser protegido do calor, da luz, de vibrações ou flutuações de temperatura e humidade. Devidamente armazenado, o vinho também melhora e cresce em aroma, sabores e complexidade. Aconselha-se a manter os vinhos a temperaturas estáveis entre 14 e 17 °C, em locais frescos, com humidade relativa entre 60 e 70%, e sem luz. As garrafas devem estar deitadas, ficando o vinho em contacto com a rolha para que esta não fique ressequida.
Quais são as profissões associadas ao vinho?
São várias as profissões e actividades que integram este universo. O viticultor é o produtor das vinhas e, por vezes, também dos vinhos; o enólogo é o responsável pela “química dos vinhos”, o alquimista que apura as qualidades e características de um vinho; o distribuidor é quem comercializa o vinho a retalho; o escanção ou sommelier é o profissional especializado em vinhos, sendo, no restaurante, responsável pela escolha, compra e formulação da carta de vinhos, aconselhando os clientes sobre o tipo de vinho que deve acompanhar cada prato. Por fim, o enófilo é a pessoa que degusta, prova, aprecia e controla sua qualidade, sendo portanto, um verdadeiro conhecedor.
Quais os efeitos do vinho para a saúde?
O consumo moderado de vinho pode ter um efeito cardioprotector. Tanto o vinho branco como o vinho tinto têm este benefício, embora estudos laboratoriais sugiram que o vinho tinto poderá ter um maior efeito protector, inclusivé na prevenção do cancro, por conter mais polifenóis que o vinho branco, devido ao seu processo de fabrico. O consumo excessivo de bebidas alcoólicas, nas quais se inclui o vinho, é causa de várias doenças graves, como a cirrose do fígado e o alcoolismo.
O que são os sulfitos?
Os sulfitos encontram-se em todos os vinhos e são formados naturalmente durante a fermentação. Muitos produtores de vinho adicionam dióxido de enxofre para ajudar a conservação do vinho. Usado desde a antiguidade, o enxofre é o maior aliado do homem no fabrico e preservação do vinho. Os sulfitos são inofensivos para a maioria das pessoas, apesar de algumas, sobretudo quem sofre de asma, poderem experimentar reações adversas. A maioria dos produtos alimentares contém sulfitos e os frutos secos descascados e embalados são campeões, com cerca de 10 vezes mais sulfitos do que o vinho. Também podemos encontrar sulfitos em sumos, queijo, marisco, vinagre e muitos outros produtos alimentares. A sua utilização é regulamentada de acordo com as leis de cada país (Portugal obedece aos limites ditados pela União Europeia).
O que é a Denominação de Origem?
A Denominação de Origem designa vinhos de uma determinada região e cujas características e individualidade lhe são indissociáveis, resultantes essencial ou exclusivamente do meio geográfico, incluindo os factores naturais e humanos. Para beneficiar de uma Denominação de Origem, o processo de produção do vinho é rigorosamente controlado, cumprindo os critérios de selecção de castas autorizadas, dos métodos de vinificação e das características organolépticas. Este controle tem como objectivo garantir a genuinidade dentro das suas regiões demarcadas, e é realizado pelas Comissões Vitivinícolas Regionais. Portugal, pertencente à Comunidade Europeia utiliza a nomenclatura comunitária de classificação dos vinhos: VQPRD, Vinho de Qualidade Produzido em Região Determinada, designação que reúne todos os vinhos classificados como DOC, Denominação de Origem Controlada e IPR, Indicação de Proveniência Regulamentada. DOC, Denominação de Origem Controlada é a designação aplicada a vinhos de qualidade produzidos em regiões geográficas limitadas, que se regem por um conjunto de regras que regulamentam, entre outros, as características dos solos, castas autorizadas, práticas de vinificação, teor alcoólico, e tempo de estágio. Todas as mais antigas regiões produtoras portuguesas usufruem deste deste estatuto. IPR, Indicação de Proveniência Regulamentada, identifica o vinho que embora detentor de características particulares, terá ainda de cumprir (num período mínimo de 5 anos) todas as regras estabelecidas para poder passar à classificação de DOC. Vinho de Mesa, são os vinhos que não se enquadram nas designações anteriormente referidas, seja pela combinação de castas, vinificação ou outras características. Vinho Regional, é a classificação dada a vinhos de mesa com indicação da região de origem: são vinhos que adoptam o nome da região específica onde são produzidos, elaborados com um mínimo de 85% de uvas provenientes da mesma região, de castas autorizadas.
O que é o azeite?
O azeite é um produto alimentar, produzido a partir da azeitona, o fruto das oliveiras. Extremamente saudável e benéfico, é usado como tempero, sobretudo na dieta mediterrânea, adicionando à comida um sabor e aroma muito peculiares.
Onde é produzido o azeite?
95% da produção mundial de azeite é actualmente realizada na região mediterrânea, onde o sol e clima seco são propícias ao cultivo das oliveiras.
Como é produzido o azeite?
Para produzir 250 mililitros de azeite são necessárias de 1300 a 2000 azeitonas. Deve ser produzido unicamente a partir de métodos mecânicos e de temperatura. Actualmente, os métodos tradicionais de processamento da azeitona deram lugar a processos modernos de extração, que utilizam a variação de pressão e de temperatura.
Como é classificado o azeite?
Classifica-se o azeite segundo seu processo de produção. O azeite virgem extra é produzido a partir da azeitona através de processos exclusivamente físicos (pressão ou centrifugação), sem qualquer produto químico, e a sua acidez não é superior a 0.8%. O azeite virgem, é obtido a partir do fruto da oliveira através de processos exclusivamente físicos (pressão ou centrifugação), sem qualquer produto químico, e cuja acidez é inferior a 2%. O azeite é a gordura constituída pela mistura de azeite refinado com azeite virgem. O azeite refinado, é obtido a partir de gorduras (azeites defeituosos e óleos) sujeitas a um processo de refinamento com o objectivo de retirar-lhes a acidez livre e excessiva, recorrendo a produtos químicos ou destilação (a cor, com descolorantes; as impurezas e os maus aromas). Os azeites virgens são produtos naturais, são sumo de azeitona sem aditivos nem conservantes.
O que é a acidez?
No seu estado puro, as gorduras são constituídas por estruturas denominadas triglicéridos (glicerina combinada com três ácidos orgânicos). A sua alteração provoca o rompimento dessa estrutura e a libertação dos ácidos orgânicos, cuja quantidade (percentual ou em graus) mede o seu estado de alteração. Deste modo, se um azeite tem 1,5 (em percentagem ou em graus) de acidez, isso significa que tem 1,5 g de ácidos orgânicos libertados em cada 100 g de azeite. No azeite, a maior parte dos restantes ácidos orgânicos estão ainda combinados; pelo contrário, no azeite refinado, os restantes ácidos orgânicos foram extraídos na refinação.
A acidez é um mito?
Um dos parâmetros da classificação do azeite é a acidez, mas não deve ser considerado como o único nem o mais importante (há inclusivamente métodos que baixam a acidez, como é o caso da refinação). A acidez não influencia o sabor nem o cheiro do azeite, e menos ainda a sua qualidade para a saúde. Por essa razão, a Comissão Europeia legislou que a acidez conste no rótulo de azeite em conjunto com os outros parâmetros de qualidade (índice de peróxidos, teor de ceras e absorvência de ultravioletas), com o mesmo grau de importância, para evitar que o consumidor escolha um azeite de menor qualidade, apenas porque tem acidez mais baixa. Um azeite virgem de um grau tem qualidade muito superior à de um azeite refinado de 0,3 graus…
Qual é a diferença entre Azeite Virgem e Azeite?
O azeite virgem é proveniente da azeitona sã, de aroma fresco e frutado, que é extraída e embalada de forma a preservar as características iniciais do fruto. O azeite resulta da purifição artificial da gordura por refinação, necessária por defeitos existentes na azeitona ou na tecnologia empregue para obter o óleo. Para lhe conferir sabor, é-lhe geralmente adicionado azeite virgem.
Quais os benefícios do azeite para a saúde?
O azeite contém inúmeras substâncias benéficas para a saúde. O seu consumo pode reduzir a quantidade de LDL (mau colesterol) do organismo, graças à sua grande quantidade de gordura monoinsaturada, gordura esta que não se transforma em colesterol. Assim, o azeite contribui para a diminuição do risco de enfarte ou AVC, uma vez que o seu consumo regular reduz a formação de placas de ateroma nas paredes dos vasos sanguíneos. O azeite contém também cerca de 5 a 10% de ácidos poliinsaturados, como o linoleico - pertencente à série ômega-6 -, e o linolênico - pertencente à série omega-3 - que desempenham funções essenciais no corpo humano. Rico em polifenóis (antioxidantes), o azeite previne oxidações biológicas, reduzindo a formação de radicais livres, nocivos para a saúde por serem os principais responsáveis pelo envelhecimento, e por algumas doenças degenerativas, como é o caso do cancro. O azeite virgem extra contém uma maior concentração de antioxidantes do que os azeites refinados. O consumo regular de azeite, aliado a uma dieta saudável com predominância de peixe e verduras, como é o caso da dieta mediterrânica, representa comprovados benefícios para a saúde e para a qualidade de vida de todos nós.